A elaboração de vinhos por meio de cortes de diferentes castas, lotes e safras é uma arte tão antiga quanto a própria enologia. Por muitos anos, Nicolás Catena Zapata e sua equipe plantaram um enorme número de variedades, incluindo diferentes clones, em vários microclimas da montanha.
A variação dos tipos de solo, temperatura e amplitude térmica que existem em cada altitude, originam um número infinito de microclimas únicos. Ao longo dos anos, essas investigações levaram à determinação de que a mesma variedade, e até mesmo o mesmo clone, apresenta um perfil aromático e de sabor totalmente diferente, dependendo do microclima em que é cultivado.
A identificação e avaliação destas diferenças, por vezes muito subtis e outras de grande contundência, têm permitido o desenvolvimento de vinhos, que juntos têm uma expressão muito mais complexa, criativa e intensa do que se cada um dos seus componentes fosse avaliado separadamente.